Modelos mentais e conceptuais As coisas são compostas de partes ou unidades, mais ou menos simples e por isso, quanto mais unidades se combinarem para formar o que nós percebemos como uma coisa no mundo (um produto, processo, sistema, um serviço, etc.), mais complexa ela parece ser. Hoje cada vez mais vemos pessoas fazerem combinações […]
Modelos mentais e conceptuais
As coisas são compostas de partes ou unidades, mais ou menos simples e por isso, quanto mais unidades se combinarem para formar o que nós percebemos como uma coisa no mundo (um produto, processo, sistema, um serviço, etc.), mais complexa ela parece ser.
Hoje cada vez mais vemos pessoas fazerem combinações de coisas e adicionarem mais isto e aquilo a uma coisa que deveria ser simples e por causa disso não deixam espaços em branco para a nossa imaginação. Isto muitas vezes significa complexidade e surge cada vez mais nos nossos dias daí a simplicidade fazer cada vez mais sentido.
As pessoas “sentem necessidades” e para as satisfazer não é preciso criar coisas complexas e muito menos complicadas.
Se está um dia de calor nós sentimos necessidade de nos refrescarmos e para isso não precisamos de perceber quais são os pontos (todos) que ligam a solução à necessidade.
Se temos problemas de audição e nos é fornecido um aparelho não é importante para nós perceber a complexidade que está por detrás dessa construção, mas sim o quanto ela nos traz conforto.
“Quantos aparelhos auditivos impressos em 3D acha que há? De acordo com Phil Reeves melhor estimativa conservadora, há “10 milhões aparelhos auditivos 3D impresso em circulação no mundo.” Então, se você estiver usando uma In-A-Ear aparelho auditivo agora, é muito provável que a camada externa do aparelho auditivo seja 3D impresso. Então como é que você não sabe sobre isso? Porque os fabricantes do aparelho auditivo não vendem a tecnologia, mas falaram aos pacientes sobre o maior conforto.” – i.materialize
A ideia de que a simplicidade ou a complexidade reside na própria coisa, algo que pode ser objectivamente medido, e não na nossa percepção do mesmo, parece não ter muita consistência quando nos referimos à facilidade com que as usamos.
As coisas são percebidas pelo seu todo e para as usarmos não precisamos de as decompor em partes. As coisas que parecem mais simples são aquelas que percebemos como uma única unidade.
Contudo, mesmo quando percebemos as coisas como complexa elas podem tornar-se, pouco a pouco, mais simples, através da experiência e da aprendizagem. Nós simplificamos a complexidade procurando compreender como as unidades mais simples, que a compõem, se relacionam entre si.
Enquanto utilizadores à medida que combinamos os conceitos mais simples em pedaços maiores, nós construímos o nosso modelo mental do todo. Um modelo mental é uma explicação de como algo funciona no mundo real e os nossos modelos conceptuais representam as nossas intenções.
Mas enquanto proponentes ou criadores, “O que nós precisamos é de habilidade para simplificar o complexo e fazê-lo em escala”
Don Norman diz que “Para que as pessoas usem um produto com sucesso, eles devem ter o mesmo modelo mental (modelo do usuário) que o do designer (modelo do designer). Mas o designer só fala com o usuário através do próprio produto, e então toda a comunicação deve ocorrer através da “imagem do sistema”: a informação transmitida pelo produto físico em si…
O que são modelos conceptuais? Eu acho que a maneira mais fácil de se estar conivente com eles é como as histórias, histórias em contexto. Um modelo é uma história que coloca o funcionamento do sistema em seu contexto: ela entrelaça todos os componentes essenciais, proporcionando uma estrutura, um contexto, e as razões para o entendimento. Sem esta história, sem essa conceptualização, a operação de alguma coisa torna-se um conjunto de acções memorizada, mas sem razão ou finalidade, excepto “é assim que é feito.” Apesar de lidarmos com muitos dos dispositivos nas nossas vidas como operações aprendidas, se de alguma maneira há alguma complexidade no dispositivo, então essas operações são difíceis de aprender e propensas a erros.”
A complexidade que nós não percebemos em muitos dispositivos ou aplicações é sinónimo de utilização “intuitiva” ou simplicidade.
É também seguramente um bom exemplo de realização em escala como eloquentemente exemplifica Jack Dorsey:
“Quando você estiver usando o iPad, desaparece o iPad, ele vai embora. Você está lendo um livro. Você está visualizando um site, você está tocando um website. Isso é incrível e é o que SMS é para mim. A tecnologia vai embora e com o Twitter a tecnologia vai embora. E o mesmo é verdadeiro com Square. Nós queremos a tecnologia a desaparecer para que você possa se concentrar em desfrutar o cappuccino que você acabou de adquirir”.
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