Nas organizações, os novos produtos, serviços inovadores, processos eficientes e eficazes, tecnologias disruptivas, modelos de negócios sustentáveis, etc., raramente acontecem por acaso! Tudo isso tem de ser pensado e desenhado! A descoberta de oportunidades surpreendentes não se faz exclusivamente por serendipidade. Essa descoberta de oportunidades únicas é quase sempre o resultado de um trabalho criativo […]
Nas organizações, os novos produtos, serviços inovadores, processos eficientes e eficazes, tecnologias disruptivas, modelos de negócios sustentáveis, etc., raramente acontecem por acaso! Tudo isso tem de ser pensado e desenhado!
A descoberta de oportunidades surpreendentes não se faz exclusivamente por serendipidade. Essa descoberta de oportunidades únicas é quase sempre o resultado de um trabalho criativo e de uma pesquisa consistente, orientada e centrada nas pessoas.
Sabemos que continua a ser uma grande preocupação que o insucesso empresarial seja muitas vezes o verdadeiro retorno dos esforços de inovação e dos respetivos investimentos. Na origem desse insucesso podem estar as más ideias, um número não suficiente de boas ideias, o apoio a ideias erradas, um modelo de negócio demasiado otimista ou com lacunas graves, a falta de capacidade de execução ou ainda a falta de preparação da liderança e dos colaboradores para o mercado presente.
A competência de usar espaços brancos
Muitas vezes, ou mesmo quase sempre, este insucesso está ligado à falta de visualização por parte da liderança de “espaços brancos”, onde, com a inserção de ações pertinentes, seria possível proporcionar um alívio na batalha contra as adversidades.
Um “espaço em branco” é um lugar onde um líder de uma organização pode descobrir oportunidades únicas. Quando um líder de uma organização consegue, para além de toda a atividade convencional e formal de gestão, utilizar eficazmente esse espaço em branco, ele está a criar uma ordem, que apesar de invisível, vai melhorar a legibilidade de qualquer intenção ou ação proposta.
Utilizar esse espaço em branco significa que não se está unicamente dependente de um conjunto de pessoas, representativo unicamente de um determinado volume de dados para análise.
É bom lembrar, que os dados representam o passado, o que nos conduz sempre ao que deve ser ou não feito e não ao que pode ser feito.
Este procura de “espaços em branco” pode ser usado para identificar mercados inteiramente novos, ou pode tão só, ser usado para mapear inovação incremental em produtos ou serviços na nossa organização.
É certo que, quando nós respondemos ao apelo de um espaço em branco, se apodera de nós um sentimento dramático, que nos tira da rotina e dos preconceitos da cartilha da liderança, mas que por outro lado se pode transformar em paixão e energia, à medida que visualizamos o caminho do sucesso.
Por força desse apelo, somos desafiados, enquanto lideres, a tomar consciência dos nossos ambientes (espaços brancos e preenchidos a negro), tanto internos como externos, e a repensar as formas de controlo bem como a assumir uma atitude de abertura e colaboração.
Focos distintos, mas complementares
Seja numa organização pequena ou numa de grande dimensão (qualquer que seja a métrica usada) um líder talentoso vai encontrar sempre três focos distintos para liderar.
Ao procurar espaço para desenvolver o seu talento enquanto líder e, portanto, ao procurar desvendar os caminhos para o desenvolvimento da sua organização, um líder ao leme de uma equipa ou de grupo, é sempre confrontado com o seu mercado.
Quer isto dizer que o seu o foco está em encontrar as lacunas existentes nos mercados, nos produtos ou nos serviços, que possam representar oportunidades para criar modelos de negócio (melhorias a propor ou vazios a preencher).
Procura-se assim, sobretudo, uma aproximação ao desconhecido ou oculto através de um processo centrado nas pessoas. Aqui também as necessidades não articuladas dos clientes da organização podem representar uma lacuna a preencher.
Um outro foco, dirigido para a dimensão interna da organização, vai permitir não só, identificar as capacidades da organização para lidar com novas oportunidades ou enfrentar algumas ameaças, como também identificar os espaços em branco nas competências dos colaboradores e da liderança.
Quando apontamos o foco para nós mesmos, devemos estar conscientes que alguns dos nossos medos mais profundos possivelmente começam a emergir e teremos, então, de os transformar em alavancas para o sucesso. As pessoas tendem a procurar mostrar-se competentes mesmo reconhecendo falta de competências em alguns domínios.
Finalmente quando procuramos focar o futuro, entramos no caminho da prospetiva na estratégia. “No nosso entender a metodologia prospetiva é fundamental para fornecer e sistematizar as visões de futuro, sob a forma de cenários, e assim fornecer ao decisor os elementos fundamentais e os futuros possíveis, aceitáveis, razoáveis ou plausíveis em função das decisões do presente…”
O nosso ponto de partida
Quando se fala de futuro ou de prospetiva o nosso ponto de partida pode variar muito, desde um perfil mais analítico até ao do sonhador ou visionário.
Resta-nos então identificar qual o nosso ponto de partida, qual o nosso espaço em branco, como o preenchemos e onde queremos chegar.
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